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quinta-feira, 5 de março de 2015

Centro de Triagem em Palmas vai ampliar tratamento e cuidado com animais silvestres


Deixado no Centro de Triagem, ainda bebê, o gato marisco por ser cego dos dois olhos é mantido sobre cuidados permanente / foto: Silionama Dantas

Cláudio Paixão/Secom - TO

Atualmente, o Estado, por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Tocantins (Cetas), de Araguaína, oferece, mensalmente, tratamento adequado a uma média de 50 animais silvestres vítimas de acidentes ou de maus tratos. Com objetivo de ampliar esse atendimento, o Governo do Estado também planeja a implantação de um Centro em Palmas.


A entrada dos animais no centro que é mantido pelo Governo, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), junto a outros parceiros, está diretamente relacionado às atividades dos órgãos ambientais, na eficiência da fiscalização, combate ao tráfico e criação ilegal, recebimento de animais entregues por particulares, resgate de animais desorientados em ambientes urbanos, que é acentuado na época das queimadas, assim como vítimas de atropelamentos.

A unidade, instalada em Araguaína, no 2° Pelotão da Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária e Ambiental (Cipra), recebeu, em 2014, mil animais entre aves (60%), répteis (35%) e mamíferos (5%). Ao chegarem ao centro, de acordo com a inspetora de Recursos Naturais do Naturatins, Grasiela Alves Pacheco, os animais recebem cuidados de biólogos e veterinários.

“Todos os animais passam por uma quarentena, os animais recém-chegados não se misturam com os que já estão no local. No Cetas, além dos médicos veterinários que fazem todo o cuidado, nós temos biólogos que fazem a identificação da espécie e avaliam o comportamento para ver se está de acordo com a espécie”, explicou ao destacar que o Centro está preparado para atender aos animais durante o período necessário para sua recuperação e possível reintrodução no meio ambiente.

Atualmente, o centro está com, aproximadamente, 110 animais internados, após a recuperação, ainda segundo Grasiela, os animais que não retornam para a natureza são levados para criadouros conservacionistas, de todo o país. “Nós usamos todas as instituições cadastradas pelo IBAMA, em todo o Brasil, já mandamos animais para o Rio Grande do Sul e para o Goiás”, ressaltou.

Referência

O Centro de Triagem de Animais Silvestres do Tocantins, de Araguaína, foi instalado ainda no final de 2013 e desde então é a principal referência de trabalho, no Estado, nos cuidados com os animais silvestres. “É o único lugar do Estado autorizado a receber animais silvestres, depois é que fazemos a distribuição para outras instituições”, apontou a inspetora de recursos naturais do Naturatins.

 Solturas

As solturas dos animais são realizadas em sua maioria pela CIPRA de Araguaína e baseadas no conhecimento dos envolvidos na área ambiental, que avaliam se aquela espécie existe no local e se seus hábitos e biótipos pertencem às diferentes regiões do Estado como: de mata de galeria, cerrado, amazônico, etc.

Os animais impossibilitados de retornar à natureza são destinados para criadouros conservacionistas (como institutos de preservação, reprodução e criatórios que visam à manutenção das espécies).


Com pouco mais de um ano muitos animais raros e/ou ameaçados de extinção passaram pelo CETAS, são eles:  uma harpia, uma macaca da noite, dois lobos guarás (macho e fêmea), dois filhotes de anta (macho e fêmea), uma arara azul, entre outros.

Cetas Palmas

Já está em curso um projeto de construção do Cetas de Palmas. A unidade contará com uma área de quase 7 mil hectares e será construída dentro do espaço do Centro Agrotecnológico de Palmas.  Conforme Grasiela Pacheco, os recursos para execução do projeto já estão disponíveis e são frutos de termo de compensação ambiental assinado com a Investco S/A.